Pastor Ialan Cavalcante

Pastor Ialan Cavalcante

sexta-feira, 30 de abril de 2010

A Fogueira e as Brasas



Quando era menino lá no alto sertão da Paraíba, na época junina minha família (ainda não convertida) costumava fazer aquelas grandes fogueiras, as crianças brincavam, os adultos assavam milho, era muita alegria e eu observava tudo. Percebia que a fogueira queimava os trocos, e por sua vez formavam as brasas, era bonito demais. As brasas bem vermelhas, quentes e às vezes algumas delas saltavam da fogueira e logo passavam de vermelho fogo para cinza, e depois para preto, perdiam o calor e a brasa virava carvão.

Hoje depois de anos, longe do Nordeste me pego a pensar, fazer analogias, chegando a conclusão que a Igreja é como aquela fogueira, que aquece, que alegra os que a rodeiam e que nós, os crentes, somos como as brasas, juntos queimaremos por muito tempo, mas se saltarmos da fogueira logo esfriaremos na fé. A principio parece que tudo está normal, mas com o passar do tempo por causa das tentações e apelos do mundo a sua fé começa a diminuir e em pouco tempo, por não ser edificado com as experiências de outros irmãos, esta fé vem a morrer.

Mas da mesma forma que acontece com a brasa que virou carvão, e é colocada de volta na fogueira e tem a sua chama revigorada assim é o crente que volta para a Igreja e para o convívio de comunhão com os seus irmãos e tem sua fé revigorada. Por mais que enfrentemos problemas no convívio eclesiástico, não devemos abandonar a igreja. “E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos à caridade e às boas obras, não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele Dia.” (Hebreus 10.24-25). Precisamos estar juntos. Cada brasa desenvolvendo seu papel e juntas formarem uma linda fogueira que aquece, alimenta e alegra. Edifiquemo-nos uns aos outros com essas palavras. Permaneça na sua posição, nós precisamos uns dos outros para nos mantermos acessos. Quero lhe sugerir que apartir de hoje, você pudesse se enxergar como uma brasinha e o seu irmão também, zele por ele, ame-o, respeite-o, agradeça a Deus por você está numa fogueira viva, acendendo um fogo santo que agrada a Deus. Você já disse hoje ao seu irmão que ele é importante para você. Faça-o agora e confirme que você é uma brasa viva.

Que Deus nos abençoe.

Porquê mataram JESUS?


Quando eu era garoto não entendia porque mataram Jesus, já que ele era uma pessoa que só fazia o bem, ajudava os pobres, curava doentes, e até aqueles que já haviam morrido ele ressuscitou. Aprendi que devíamos seguir o seu exemplo de excelente filho, então esse sempre era o questionamento: POR QUE MATARAM JESUS?

Quero refletir com você, querido leitor, sobre os motivos que levaram os homens a matarem o Senhor. Posso entender que verdadeiramente eles não sabiam o que estavam fazendo, e Jesus até pediu perdão por causa disso “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23.34). Era uma injustiça matar um homem especial, pregador do bem, pacificador, aquele que agregava multidões por causa dos seus profundos ensinamentos. Entretanto havia alguns motivos para matá-lo. Motivados pela possessão do poder, os maiorais não queriam perder a sua posição social, seu cargo político, seu status. Naquela época Israel era dominada pelo império Romano, embora tivesse sua maneira interna de conduzir os mais diversos assuntos da sociedade, e para isso existia o Sinédrio, o mais alto tribunal religioso dos judeus, do qual faziam parte os sumos sacerdotes (o atual e os anteriores), chefes religiosos (anciãos) e professores da Lei. Tinha 71 membros, incluindo o presidente (Jo 11.47). Existiam alguns grupos políticos religiosos e eram eles: os Fariseus, os Saduceus, os Escribas, os Herodianos, os Essênios e outros. Para esses grupos, Jesus era uma espécie de ameaça, eliminá-lo era uma das melhores soluções. Eles temiam que o povo aderisse as suas doutrinas e se rebelassem contra eles, era pura inveja de Jesus (Jo 11.48), isso mesmo, inveja sim. Jesus era considerado Mestre, ele conseguia prender a atenção do público com facilidade inexplicável, e o segredo, era ensinar com autoridade (MT 7.29), sua vida era compatível com seus ensinos. Além do mais, a declaração de ser Jesus o Messias trazia pânico para os religiosos, era impossível acreditar nessa história, pois esperavam um grande guerreiro, alguém que os libertasse do jugo romano, era importante que o Messias fosse um forte revolucionário, um estadista, homem de punho forte, não que Jesus não fosse, mas sua mensagem de oferecer a outra fase se lhe batessem numa, não combinava com o REI que aguardavam. Mataram o Senhor por olharem a sua aparência, embora o profeta houvesse predito que nele não existia beleza alguma (Is 53.2). Motivos para o matarem não faltaram, porém nada justificava.

Ainda hoje, muitas pessoas continuam matando Jesus pelos mesmos motivos, manter-se no poder, inveja e julgar a aparência. Há aqueles cujas vidas estão tão envolvidas em negócios desse mundo, que abandonar estas coisas para seguir Jesus é como se lançar pérolas aos porcos. Os negócios, o emprego, o cargo, e coisas semelhantes tem se tornado mais importante do que o próprio Mestre, ninguém pode servir a dois senhores (Lc. 16.13), não quero que você seja mendigo, mas que o domínio do Senhor tenha o primeiro lugar em sua vida (Mt. 6.33) e as demais coisas vos serão acrescentadas. Outros por invejarem modelos que são apresentados pela sociedade pós-moderna, tem amado ao mundo e tornado-se inimigo de Deus (Tg 4.4). Ainda tem os que observando a aparência, deixam-se enganar pelo que vêem, foi assim que veio o desejo de pecar, “E, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela.” (Gn 3.6). Parece que somos seduzidos pelo que vemos. Preferimos atender aos apelos do mundo a santificação que nos convida o Senhor.

Esses dias chamados de santos, é um bom momento para refletirmos nas nossas motivações e indagarmos se é justo matar o MESTRE por estas razões. Ele morreu, venceu a morte, está vivo e deseja que você o tenha em seu coração, convide-o a fazer parte de sua vida e Ele te dará incontáveis razões para viver.

Deus nos abençoe.